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(Exteriorização da minha própria realidade interna)
Palavras-chave: narrativa ; Eu - Self ; consciência ; catarse ; respiração ; temporal
Sinopse
O principal foco está na narrativa. Esta é projetada nos acontecimentos quotidianos. A arte procura transmitir e traduzir a experiência do real, da vida. As vivências, experiências no mundo e todas as relações e percepções que se estabelecem com o que nos rodeia, são partilhadas com o espectador por meio da expressão artística. Num ato de libertação de emoções e pensamentos, procuro expressar um sentimento que desvenda e desdobra o objecto numa afirmação e verificação da narrativa - essencial para a interpretação e compreensão do mesmo.
Assim, pretendo descobrir uma linguagem temática, processual e plástica, concentrada principalmente na construção do meu Eu - Self de Erving Goffman, do mundo processual e conceptual e na relação do espectador com aquilo que lhe é apresentado. Após esta investigação, a proposta de projeto começa a afunilar-se numa ideia de narrativa onde nasce a memória, na qual procuro um passado para reviver ou libertar, para não voltar a permanecer nele. Neste processo de consolidação e reflexão do íntimo, o tema da (frágil) respiração nasce exatamente da memória de uma vivência e na necessidade de libertá-la (catarse) ao expô-la para um reflexo fora do meu próprio corpo, tornando-a num objecto que traduza por si só as características da temática. E foi nestes princípios temáticos, iniciados numa exploração recorrente desde o ano anterior, que pretendo focar a minha construção projectual - conceptual e plástica/matérica.
(Exteriorização da minha própria realidade interna)
Palavras-chave: narrativa ; Eu - Self ; consciência ; catarse ; respiração ; temporal
Sinopse
O principal foco está na narrativa. Esta é projetada nos acontecimentos quotidianos. A arte procura transmitir e traduzir a experiência do real, da vida. As vivências, experiências no mundo e todas as relações e percepções que se estabelecem com o que nos rodeia, são partilhadas com o espectador por meio da expressão artística. Num ato de libertação de emoções e pensamentos, procuro expressar um sentimento que desvenda e desdobra o objecto numa afirmação e verificação da narrativa - essencial para a interpretação e compreensão do mesmo.
Assim, pretendo descobrir uma linguagem temática, processual e plástica, concentrada principalmente na construção do meu Eu - Self de Erving Goffman, do mundo processual e conceptual e na relação do espectador com aquilo que lhe é apresentado. Após esta investigação, a proposta de projeto começa a afunilar-se numa ideia de narrativa onde nasce a memória, na qual procuro um passado para reviver ou libertar, para não voltar a permanecer nele. Neste processo de consolidação e reflexão do íntimo, o tema da (frágil) respiração nasce exatamente da memória de uma vivência e na necessidade de libertá-la (catarse) ao expô-la para um reflexo fora do meu próprio corpo, tornando-a num objecto que traduza por si só as características da temática. E foi nestes princípios temáticos, iniciados numa exploração recorrente desde o ano anterior, que pretendo focar a minha construção projectual - conceptual e plástica/matérica.
Desenvolvimento
“Tudo se passa onde nada se passa. Todas histórias suscitam sempre a expectativa do acontecimento,
mas o intervalo de tempo em que este se verifica só existe porque sucede nesse fluir temporal onde nada ‘acontece’. Por isso dele se destaca.
E, no entanto, todos sabemos que cada segundo numa vida é um acontecimento. Na realidade o ‘não-acontecimento’ não existe.”
(Marijke van Warmerdam . De Perto à Distância)
mas o intervalo de tempo em que este se verifica só existe porque sucede nesse fluir temporal onde nada ‘acontece’. Por isso dele se destaca.
E, no entanto, todos sabemos que cada segundo numa vida é um acontecimento. Na realidade o ‘não-acontecimento’ não existe.”
(Marijke van Warmerdam . De Perto à Distância)
O objectivo do objecto escultórico possibilita estabelecer uma errância intermitente entre situações, interrupções de percepções e sentidos pela determinação ou não determinação narrativa da obra ao espectador. Na inexistência do controlo em como é que o acontecimento artístico resultará na exploração e mapeamento das imagens e pensamentos que vêm dos espectadores, questiono-me de que maneira são estabelecidas ligações visuais e/ou sensoriais com o que quero transmitir (pensamento conceptual) e com o que está presente (matéria).
A existência de um entre onde a arte se torna a expressão de evidência do observador através de uma ação ou inação, é manifestado pela experiência (consciência) que ele já têm sobre as imagens que lhe é proporcionado. A aproximação de uma imagem projetada e da natureza de um acontecimento definirá um conjunto de situações que a engloba: por exemplo, eu (espectador) vejo isto porque sei o que aquilo é ou vejo assim porque sinto isto, etc. Nancy Holt é um exemplo deste problema, visto que em muitas das suas obras, ela cria uma conexão íntima com esta natureza, dizendo: "Eu sinto que a necessidade de olhar para o céu - para a lua e as estrelas - é muito básica, e está dentro de todos nós. Então, quando eu digo que o meu trabalho é uma exteriorização da minha própria realidade interna, quero dizer, estou a dar às pessoas através da arte o que elas já têm nelas.”.
Olhamos como se descobríssemos pela primeira vez aquilo que já conhecemos. O olhar que se detém, a atenção indivisa para quaisquer minorias significativas descarta sempre na nossa semi-consciência coletiva. Nenhuma história, nenhuma moral como um objetivo.
Gosto da arte quando se entrelaça com a vida. Esta pode dar uma reviravolta à arte e vice-versa, como se fosse um cronômetro do quotidiano. No qual, através da redundância da matéria quase infantil, da repetição plástica e de gestos mínimos, pretendo insuflar uma nova vida nas coisas, nos fenómenos e nas ações. Há sempre uma diferença mínima que persiste entre a vida e a obra de arte; aparentemente mais encantada se criada e apresentada enquanto incidente lacárico e quotidiano.
Para além das questões levantadas pela ligação da arte com a vida e da necessidade “básica” do olhar por parte do espectador; o tema catarse, juntamente com o da exteriorização da minha própria realidade interna, revela o princípio da construção processual.
Da narrativa nasce a memória, na qual procuro um passado para reviver ou libertar, para não voltar a permanecer nele. O passado, o presente e o futuro tornam-se, assim, tempos do mesmo tempo; estamos sempre a re-imaginá-los. A procura de algo não é nada mais do que uma viagem ao futuro, na medida em que o jogo artístico representa-lo-á nesse tempo e não no anterior (no que já passou). Desta maneira, adequo e crio uma conexão mais rápida com o problema: estamos sempre à procura de algo que ainda não temos, mas na realidade nós já o temos dentro de nós. Por isso é que “na realidade o ‘não-acontecimento’ não existe”. E “tudo se passa onde nada se passa”. Mas só através da experiência artística é que sentimos que isto é real, é vivido. Assim, o desígnio do projeto funda na essencialidade conceptual e temporal da materialização.
A existência de um entre onde a arte se torna a expressão de evidência do observador através de uma ação ou inação, é manifestado pela experiência (consciência) que ele já têm sobre as imagens que lhe é proporcionado. A aproximação de uma imagem projetada e da natureza de um acontecimento definirá um conjunto de situações que a engloba: por exemplo, eu (espectador) vejo isto porque sei o que aquilo é ou vejo assim porque sinto isto, etc. Nancy Holt é um exemplo deste problema, visto que em muitas das suas obras, ela cria uma conexão íntima com esta natureza, dizendo: "Eu sinto que a necessidade de olhar para o céu - para a lua e as estrelas - é muito básica, e está dentro de todos nós. Então, quando eu digo que o meu trabalho é uma exteriorização da minha própria realidade interna, quero dizer, estou a dar às pessoas através da arte o que elas já têm nelas.”.
Olhamos como se descobríssemos pela primeira vez aquilo que já conhecemos. O olhar que se detém, a atenção indivisa para quaisquer minorias significativas descarta sempre na nossa semi-consciência coletiva. Nenhuma história, nenhuma moral como um objetivo.
Gosto da arte quando se entrelaça com a vida. Esta pode dar uma reviravolta à arte e vice-versa, como se fosse um cronômetro do quotidiano. No qual, através da redundância da matéria quase infantil, da repetição plástica e de gestos mínimos, pretendo insuflar uma nova vida nas coisas, nos fenómenos e nas ações. Há sempre uma diferença mínima que persiste entre a vida e a obra de arte; aparentemente mais encantada se criada e apresentada enquanto incidente lacárico e quotidiano.
Para além das questões levantadas pela ligação da arte com a vida e da necessidade “básica” do olhar por parte do espectador; o tema catarse, juntamente com o da exteriorização da minha própria realidade interna, revela o princípio da construção processual.
Da narrativa nasce a memória, na qual procuro um passado para reviver ou libertar, para não voltar a permanecer nele. O passado, o presente e o futuro tornam-se, assim, tempos do mesmo tempo; estamos sempre a re-imaginá-los. A procura de algo não é nada mais do que uma viagem ao futuro, na medida em que o jogo artístico representa-lo-á nesse tempo e não no anterior (no que já passou). Desta maneira, adequo e crio uma conexão mais rápida com o problema: estamos sempre à procura de algo que ainda não temos, mas na realidade nós já o temos dentro de nós. Por isso é que “na realidade o ‘não-acontecimento’ não existe”. E “tudo se passa onde nada se passa”. Mas só através da experiência artística é que sentimos que isto é real, é vivido. Assim, o desígnio do projeto funda na essencialidade conceptual e temporal da materialização.
O que anteriormente foi descrito como uma proposta de anteprojeto, verificou-se no seu máximo expoente e pertinência no final do projeto. À narrativa enunciada faltava estabelecer uma coerência e afunilá-la para que a mensagem/história fosse traduzida e identificada pelo outro. Neste processo de consolidação e reflexão do íntimo, tornou-se importante assumir e continuar a investigar a temática do ano anterior, principalmente verificada em “Catarse”, Fev 2019 e em “Tudo se passa onde nada se passa”, Abr/Maio 2019.
O tema da (frágil) respiração nasce exatamente da memória de uma vivência e na necessidade de libertá-la ao expô-la para um reflexo fora do meu próprio corpo, tornando-a num objecto que traduza por si só as características da temática. Para além destas, os jogos de visibilidade e invisibilidade correspondentes à peça estão presentes na medida em que há uma noção de presença e de aproximação do objecto e do corpo (indivíduo), mas que a narrativa mais íntima não fica estabelecida ou não é fornecida no seu máximo para o outro lado (o do espectador) que se move, pensa e “lê” o objecto. Assim, são as diferentes materializações e concepções a deixarem alguns fragmentos que podem ser explorativos por parte do espectador para chegar ao tema que lhe é confrontado/proposto. Estes jogos potenciam a seguinte afirmação: talvez seja só o que achamos que é, talvez seja mais do que aquilo que vemos.
Desde cedo percebi que seria na necessidade de gesto mínimos e na concretização de objectos geométricos que verificaria a resposta e capacidade para a resolução do meu pensamento conceptual. Através da conjugação do que é funcional com a questão plástica de um objecto, e sem esquecer a parte conceptual, pude proporcionar uma reunião de diferentes percepções para chegar, traduzir e reconhecer o projeto. Assim, através das referências bibliográficas e de artistas, de desenhos e de maquetizações foi possível começar a chegar à tradução conceptual que pretendia. Os jogos de verticalidade e/ou horizontalidade, a fisicalidade (material, técnica), a temporalidade, a presença, a superfície, o interior, etc foram sendo calculados a cada esquisso e esboço que realizava. O carácter industrial e a repetição instauram-se nestas formas bidimensionais de representação ao estabelecer cada vez mais paralelepípedos quadrangulares. Assim, na aproximação à definição da composição plástica tornou-se fulcral a escolha do material que iria envolver este processo artístico. E nesta escolha verificou-se que o carácter industrial revelado acima precisaria de uma conformidade com uma nova organicidade matérica. É neste sentido que a parte instalativa do objecto escultórico se vai afirmar.
O tema da (frágil) respiração nasce exatamente da memória de uma vivência e na necessidade de libertá-la ao expô-la para um reflexo fora do meu próprio corpo, tornando-a num objecto que traduza por si só as características da temática. Para além destas, os jogos de visibilidade e invisibilidade correspondentes à peça estão presentes na medida em que há uma noção de presença e de aproximação do objecto e do corpo (indivíduo), mas que a narrativa mais íntima não fica estabelecida ou não é fornecida no seu máximo para o outro lado (o do espectador) que se move, pensa e “lê” o objecto. Assim, são as diferentes materializações e concepções a deixarem alguns fragmentos que podem ser explorativos por parte do espectador para chegar ao tema que lhe é confrontado/proposto. Estes jogos potenciam a seguinte afirmação: talvez seja só o que achamos que é, talvez seja mais do que aquilo que vemos.
Desde cedo percebi que seria na necessidade de gesto mínimos e na concretização de objectos geométricos que verificaria a resposta e capacidade para a resolução do meu pensamento conceptual. Através da conjugação do que é funcional com a questão plástica de um objecto, e sem esquecer a parte conceptual, pude proporcionar uma reunião de diferentes percepções para chegar, traduzir e reconhecer o projeto. Assim, através das referências bibliográficas e de artistas, de desenhos e de maquetizações foi possível começar a chegar à tradução conceptual que pretendia. Os jogos de verticalidade e/ou horizontalidade, a fisicalidade (material, técnica), a temporalidade, a presença, a superfície, o interior, etc foram sendo calculados a cada esquisso e esboço que realizava. O carácter industrial e a repetição instauram-se nestas formas bidimensionais de representação ao estabelecer cada vez mais paralelepípedos quadrangulares. Assim, na aproximação à definição da composição plástica tornou-se fulcral a escolha do material que iria envolver este processo artístico. E nesta escolha verificou-se que o carácter industrial revelado acima precisaria de uma conformidade com uma nova organicidade matérica. É neste sentido que a parte instalativa do objecto escultórico se vai afirmar.
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“tudo se passa onde nada se passa, II : Catarse series”, Set2019/Jan2020
Projeto
Materiais: Cimento, látex, ventoinhas, tubos de cobre e tubo extensível de alumínio c/ forquilha de alumínio
Dimensões: 30 x 350 x 150 cm
Sinopse
Entre o que somos e o que aparentamos ser existem diversos EUs não visíveis. O Self manifesta-se inconscientemente no que produzimos, abrimos espaço para o narrar e para o tornar consciente. Não o abandonamos mas representamo-lo a partir de coisas que o outro vai sentir mesmo que seja de outra maneira.
tudo se passa onde nada se passa, II narra uma condição ligada a uma memória (um acontecimento) e na necessidade de libertá-la - catarse - ao expô-la para um reflexo fora do meu próprio corpo. O tema da (frágil) respiração nasce exatamente dessa memória. Nós emergimos totalmente através de coisas que vimos, que fazemos e fizemos, dos lugares que temos e do que as pessoas que tivemos deixaram para trás.
Através de uma pequena coisa com importância, torna-se num objecto que traduz a necessidade de gestos mínimos e na concretização de um corpo rígido que inconscientemente flutua no seu centro; potenciando a dualidade entre o carácter industrial e a conformidade de uma nova organicidade matérica para a determinação temática da forma.
Esta sugestão de representação de um sistema respiratório é traduzida essencialmente em jogos de visibilidade e invisibilidade, presenteando uma noção de presença e de aproximação do objecto e do corpo (indivíduo), mas que a narrativa mais íntima não fica estabelecida ou não é fornecida no seu máximo para o outro lado (o do espectador) que se move, pensa e “lê” o objecto. Talvez seja só o que achamos que é, talvez seja mais do que aquilo que vemos.
Projeto
Materiais: Cimento, látex, ventoinhas, tubos de cobre e tubo extensível de alumínio c/ forquilha de alumínio
Dimensões: 30 x 350 x 150 cm
Sinopse
Entre o que somos e o que aparentamos ser existem diversos EUs não visíveis. O Self manifesta-se inconscientemente no que produzimos, abrimos espaço para o narrar e para o tornar consciente. Não o abandonamos mas representamo-lo a partir de coisas que o outro vai sentir mesmo que seja de outra maneira.
tudo se passa onde nada se passa, II narra uma condição ligada a uma memória (um acontecimento) e na necessidade de libertá-la - catarse - ao expô-la para um reflexo fora do meu próprio corpo. O tema da (frágil) respiração nasce exatamente dessa memória. Nós emergimos totalmente através de coisas que vimos, que fazemos e fizemos, dos lugares que temos e do que as pessoas que tivemos deixaram para trás.
Através de uma pequena coisa com importância, torna-se num objecto que traduz a necessidade de gestos mínimos e na concretização de um corpo rígido que inconscientemente flutua no seu centro; potenciando a dualidade entre o carácter industrial e a conformidade de uma nova organicidade matérica para a determinação temática da forma.
Esta sugestão de representação de um sistema respiratório é traduzida essencialmente em jogos de visibilidade e invisibilidade, presenteando uma noção de presença e de aproximação do objecto e do corpo (indivíduo), mas que a narrativa mais íntima não fica estabelecida ou não é fornecida no seu máximo para o outro lado (o do espectador) que se move, pensa e “lê” o objecto. Talvez seja só o que achamos que é, talvez seja mais do que aquilo que vemos.
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Imagens finais
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Desenvolvimento processual do projeto \ Plano de trabalho em quarentena
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“à margem do encontro (articulações) : Catarse series”, Mar/Jul2020
Projeto
Materiais: Cimento, lâmpadas tubo LED 10w 900lm branca e tinta tráfego intenso branca
Dimensões: 30 x 60 x 60 cm (cada elemento de cimento) \ 3 x 60 x 22 cm (elemento de luz), com composição variável
Sinopse
A noção de presença e não presença é particularmente relevante na abordagem ao projeto e é este gosto pela metáfora histórica que ela é, simultaneamente, mais e menos que uma metáfora, que se define num método e numa superfície sobre o qual um problema aparenta ser projectado.
Assim, à margem do encontro (articulações) resulta em gestos mínimos que insuflam uma nova vida nas coisas, nos fenómenos e nas ações. Os processos de simplificação e da geometrização ‘abstrata’ (do quanto posso eliminar um certo motivo), encontram-se em correspondência com a forma e conteúdo: linguagem pictórica abstrata de módulos e métodos geométricos.
Cada corpo necessita de um módulo, permanecendo sempre um outro à margem. A experiência é ativada pela componente material sensitiva (memória de corpo) através da utilização da luz (que permite registos de pele, organicidade, materialidade e proximidade ao corpo) e pela presença da cor branca (luminescente) num outro espaço negativo e vazio no cimento (como se de articulações se tratasse, algo tubular).
Sem pretender imitar algo mas perseguindo a componente teórica [temática de (frágil) respiração e de catarse], resulta de uma profunda transformação pessoal e espacial, através da materialidade composta pela luz (que cria o espaço), expondo experiências sensoriais ao espectador. A relação íntima entre o cimento e a luz permite criar um ‘ecossistema’ de valor único, uma paisagem visual e cultural; que se relaciona com a necessidade do observador procurar respostas e encontrar somente as que são deixadas levemente no objecto. Este é a continuidade do corpo humano: um mundo que se torna evidente à nossa consciência direta e sensorial.
Projeto
Materiais: Cimento, lâmpadas tubo LED 10w 900lm branca e tinta tráfego intenso branca
Dimensões: 30 x 60 x 60 cm (cada elemento de cimento) \ 3 x 60 x 22 cm (elemento de luz), com composição variável
Sinopse
A noção de presença e não presença é particularmente relevante na abordagem ao projeto e é este gosto pela metáfora histórica que ela é, simultaneamente, mais e menos que uma metáfora, que se define num método e numa superfície sobre o qual um problema aparenta ser projectado.
Assim, à margem do encontro (articulações) resulta em gestos mínimos que insuflam uma nova vida nas coisas, nos fenómenos e nas ações. Os processos de simplificação e da geometrização ‘abstrata’ (do quanto posso eliminar um certo motivo), encontram-se em correspondência com a forma e conteúdo: linguagem pictórica abstrata de módulos e métodos geométricos.
Cada corpo necessita de um módulo, permanecendo sempre um outro à margem. A experiência é ativada pela componente material sensitiva (memória de corpo) através da utilização da luz (que permite registos de pele, organicidade, materialidade e proximidade ao corpo) e pela presença da cor branca (luminescente) num outro espaço negativo e vazio no cimento (como se de articulações se tratasse, algo tubular).
Sem pretender imitar algo mas perseguindo a componente teórica [temática de (frágil) respiração e de catarse], resulta de uma profunda transformação pessoal e espacial, através da materialidade composta pela luz (que cria o espaço), expondo experiências sensoriais ao espectador. A relação íntima entre o cimento e a luz permite criar um ‘ecossistema’ de valor único, uma paisagem visual e cultural; que se relaciona com a necessidade do observador procurar respostas e encontrar somente as que são deixadas levemente no objecto. Este é a continuidade do corpo humano: um mundo que se torna evidente à nossa consciência direta e sensorial.
Exercício de composição variável no espaço
Imagens finais