Terra a terra, janeiro 2020
Materiais: fio de malha
Dimensões: variáveis
Este projeto partiu de fotografias, imagens essas que foram recolhidas por mim na zona da Penha, em Guimarães, carregando um significado, uma relação, não só pelo facto de ser um local isolado e completamente tomado pela natureza, como também por pertencer à cidade onde nasci.
Através das fotografias, desenvolvi novas formas, realizei decalques, representações visuais, simetrias e rotações dos decalques inicias, etc. Foi essencialmente utilizado carvão e pastel seco, em particular o carvão sintético, devido aos negros intensos.
Após diversos estudos através do desenho comecei a produzir pequenas maquetas a partir das formas orgânicas criadas, bem como ilustrações do que poderia vir a ser um projeto escultórico. Acumulando imensos recortes em cartolina das variadas formas, construí uma pequena coluna, adaptável também como superfície de baixos relevos quando “desmontada”. Esta desmontagem da coluna, o conjunto dos recortes, incluindo as partes positivas e negativas, ou seja, interior e exterior recortado, remete-nos para um mapa topográfico, onde podemos observar as diferentes camadas das cartolinas.
Foi então que decidi construir estes elementos têxteis, uma espécie de conjunto montanhoso, de relevos, camadas, um mapa topográfico, um terreno natural, altos e baixos, sempre com esta ligação Terra a terra.
Dimensões: variáveis
Este projeto partiu de fotografias, imagens essas que foram recolhidas por mim na zona da Penha, em Guimarães, carregando um significado, uma relação, não só pelo facto de ser um local isolado e completamente tomado pela natureza, como também por pertencer à cidade onde nasci.
Através das fotografias, desenvolvi novas formas, realizei decalques, representações visuais, simetrias e rotações dos decalques inicias, etc. Foi essencialmente utilizado carvão e pastel seco, em particular o carvão sintético, devido aos negros intensos.
Após diversos estudos através do desenho comecei a produzir pequenas maquetas a partir das formas orgânicas criadas, bem como ilustrações do que poderia vir a ser um projeto escultórico. Acumulando imensos recortes em cartolina das variadas formas, construí uma pequena coluna, adaptável também como superfície de baixos relevos quando “desmontada”. Esta desmontagem da coluna, o conjunto dos recortes, incluindo as partes positivas e negativas, ou seja, interior e exterior recortado, remete-nos para um mapa topográfico, onde podemos observar as diferentes camadas das cartolinas.
Foi então que decidi construir estes elementos têxteis, uma espécie de conjunto montanhoso, de relevos, camadas, um mapa topográfico, um terreno natural, altos e baixos, sempre com esta ligação Terra a terra.
Imagens da exposição coletiva "É o que é", na FAJDP, Porto, 2020
Sem título, julho 2020
Materiais: frascos de vidro industrial, espelho, áudio
Dimensões: 300 x 200 x 50 cm (adaptável à altura do espaço)
A acumulação de objetos com o intuito de uso posterior sempre fez parte do meu estilo de vida. Este projeto surgiu no seguimento desse ato de armazenar, ação que se prolongou durante o período de isolamento obrigatório, devido à Covid-19.
A ideia de recipiente está muito associada ao transportar algo, conter algo no interior. Aqui, à medida que fui aglomerando essencialmente frascos de vidro industrial, fui também retirando os seus conteúdos, bem como as marcas que estes transportam, a sua imagem, a sua identidade.
Recipiente é também relativo a espaço condicionado, fechado, o que vivemos exatamente no período de quarentena. Pequenos espaços que, embora a transparência nos deixe ver o seu interior, não deixa de ser reservado.
Com esta peça quis transmitir exatamente essa ideia da vivência no tempo de isolamento em casa, momento em que o consumo de alimentos enlatados e em frascos, ou seja, de maior conservação no tempo, foram preferidos.
A peça é disposta no espaço de modo a ser vísivel a ideia de acumulação com que estes frascos foram permanecendo, fazendo parte ainda um espelho, que cria a ilusão de uma maior e quase infinita quantidade de elementos. Esta é ainda colocada sobre uma passagem exclusiva, fazendo não um bloqueio, mas um condicionamento ao acesso.
Ao ambiente é ainda adicionado um áudio, este produzido através da recolha de sons produzidos com estes mesmo frascos, batendo, raspando, abrindo e fechando, etc. Som posteriormente trabalhado, de modo a serem reconhecíveis os sons de vidro apenas em alguns trechos, e criando momentos mais suaves e outros mais ativos, existindo uma melodia bastante ritmada, que percorre quase toda a composição, e nos remete para o tic tac de um relógio, e portanto o passar do tempo.
Dimensões: 300 x 200 x 50 cm (adaptável à altura do espaço)
A acumulação de objetos com o intuito de uso posterior sempre fez parte do meu estilo de vida. Este projeto surgiu no seguimento desse ato de armazenar, ação que se prolongou durante o período de isolamento obrigatório, devido à Covid-19.
A ideia de recipiente está muito associada ao transportar algo, conter algo no interior. Aqui, à medida que fui aglomerando essencialmente frascos de vidro industrial, fui também retirando os seus conteúdos, bem como as marcas que estes transportam, a sua imagem, a sua identidade.
Recipiente é também relativo a espaço condicionado, fechado, o que vivemos exatamente no período de quarentena. Pequenos espaços que, embora a transparência nos deixe ver o seu interior, não deixa de ser reservado.
Com esta peça quis transmitir exatamente essa ideia da vivência no tempo de isolamento em casa, momento em que o consumo de alimentos enlatados e em frascos, ou seja, de maior conservação no tempo, foram preferidos.
A peça é disposta no espaço de modo a ser vísivel a ideia de acumulação com que estes frascos foram permanecendo, fazendo parte ainda um espelho, que cria a ilusão de uma maior e quase infinita quantidade de elementos. Esta é ainda colocada sobre uma passagem exclusiva, fazendo não um bloqueio, mas um condicionamento ao acesso.
Ao ambiente é ainda adicionado um áudio, este produzido através da recolha de sons produzidos com estes mesmo frascos, batendo, raspando, abrindo e fechando, etc. Som posteriormente trabalhado, de modo a serem reconhecíveis os sons de vidro apenas em alguns trechos, e criando momentos mais suaves e outros mais ativos, existindo uma melodia bastante ritmada, que percorre quase toda a composição, e nos remete para o tic tac de um relógio, e portanto o passar do tempo.
A minha casa (não) é a tua casa, julho 2020
Materiais: painéis de acrílico fosco, aglomerado de madeira, adesivo espelho, projetor de vídeo
Dimensões: 200 x 175 X 88 cm
“A minha casa (não) é a tua casa” parte de um processo de recolha de imagens durante o período de confinamento obrigatório, imposto devido à pandemia Covid-19. Este, tal como o nome indica, pretende transportar um pouco do espaço e das vivências desse momento, tornando-se simultaneamente acolhedor e não identificável.
Explorando questões de luz e sombra, deu-se a manipulação das imagens originais, criando novos espaços. Tons luminosos deram lugar a negros, passando de uma imagem escura com grande feixe de luz, a um espaço luminoso com grande mancha escura.
Este momento foi por mim vivenciado mais de perto devido ao facto de os meus progenitores trabalharem na área da saúde, estando diariamente em contacto com diferentes relatos. Não só nesta fase, mas desde pequena, convivi bastante com o ambiente hospitalar, em especial o de imagiologia, uma das áreas mais ativas neste momento pandémico.
Na passagem da imagem bidimensional para o objeto foi criada esta estrutura, que nos remete exatamente para a radiologia, seja pela edição da imagem com cores invertidas ou pela posição do projetor em relação à superfície semitransparente.
Esta é uma casa que é minha e não dos outros, mas que é dos outros e não é minha.
Um agradecimento especial à Patrícia Almeida e ao Alcides Rodrigues
Dimensões: 200 x 175 X 88 cm
“A minha casa (não) é a tua casa” parte de um processo de recolha de imagens durante o período de confinamento obrigatório, imposto devido à pandemia Covid-19. Este, tal como o nome indica, pretende transportar um pouco do espaço e das vivências desse momento, tornando-se simultaneamente acolhedor e não identificável.
Explorando questões de luz e sombra, deu-se a manipulação das imagens originais, criando novos espaços. Tons luminosos deram lugar a negros, passando de uma imagem escura com grande feixe de luz, a um espaço luminoso com grande mancha escura.
Este momento foi por mim vivenciado mais de perto devido ao facto de os meus progenitores trabalharem na área da saúde, estando diariamente em contacto com diferentes relatos. Não só nesta fase, mas desde pequena, convivi bastante com o ambiente hospitalar, em especial o de imagiologia, uma das áreas mais ativas neste momento pandémico.
Na passagem da imagem bidimensional para o objeto foi criada esta estrutura, que nos remete exatamente para a radiologia, seja pela edição da imagem com cores invertidas ou pela posição do projetor em relação à superfície semitransparente.
Esta é uma casa que é minha e não dos outros, mas que é dos outros e não é minha.
Um agradecimento especial à Patrícia Almeida e ao Alcides Rodrigues