Proposta I - Ensaio
Multiplicação Vertical
Tipo de peça: Estrutura em metal
Materiais: 12 placas de aço patinável (corten), de 50 cms cada, com dois pares com uma aba interior de 2 cms, unidas em pares de dois por olhais (dobradiças
sem abas), encaixadas por cortes verticais de 10 centímetros no topo e nas bases das placas, com acabamento por oxidação de água do mar e vinagre.
Tamanho: 1.60 cm
Síntese
A base da produção de uma ideia está na curiosidade em como vamos construir essa ideia, que conceitos conseguimos tirar partindo dessa ideia e no modo como ultrapassamos os obstáculos que se põem entre a criação física dessa ideia e o resultado final.
A ideia desta estrutura partiu de uma curiosidade sobre maneiras de trabalhar o metal por solda, tendo sido criado um tipo de estrutura que, de certa maneira, tem uma forma geométrica bem estruturada e que é ao mesmo tempo bem equilibrada e forte contra os elementos. Sem ser fisicamente frágil e sem ser visualmente pesada, brinca com o peso e o equilíbrio, proporcionando rigidez e estabilidade.
Materiais: 12 placas de aço patinável (corten), de 50 cms cada, com dois pares com uma aba interior de 2 cms, unidas em pares de dois por olhais (dobradiças
sem abas), encaixadas por cortes verticais de 10 centímetros no topo e nas bases das placas, com acabamento por oxidação de água do mar e vinagre.
Tamanho: 1.60 cm
Síntese
A base da produção de uma ideia está na curiosidade em como vamos construir essa ideia, que conceitos conseguimos tirar partindo dessa ideia e no modo como ultrapassamos os obstáculos que se põem entre a criação física dessa ideia e o resultado final.
A ideia desta estrutura partiu de uma curiosidade sobre maneiras de trabalhar o metal por solda, tendo sido criado um tipo de estrutura que, de certa maneira, tem uma forma geométrica bem estruturada e que é ao mesmo tempo bem equilibrada e forte contra os elementos. Sem ser fisicamente frágil e sem ser visualmente pesada, brinca com o peso e o equilíbrio, proporcionando rigidez e estabilidade.
Proposta II - Corpo Presente/ Corpo Físico Ausente
Fase 1 - O eu Aparente
Síntese
A aparência resume-se numa imagem que as pessoas têm de nós, pode ser uma característica física ou um comportamento que nos destaca, nem sempre correspondendo ao que nós somos na realidade como pessoas, portanto sendo apenas a imagem que nos identifica como indivíduos, algo ilusório ao que queremos mostrar de nós para os outros.
Proposta
Explorei qual a imagem de mim que os meus colegas mais identificam. Que ficou na maioria das vezes pelas características faciais e pelo som do grilo, que costumo fazer. Mas no decorrer desta pesquisa, fui explorando quais as outras características que se destacam na minha pessoa.
Uma delas sendo a minha ambiguidade de comportamento entre ser carrancudo, com o facto de ser brincalhão ao mesmo tempo.
Enquanto a outra característica remete à minha personalidade através da posição do meu corpo, que como estou sempre em movimento no dia a dia, não chego a estar muito presente para os meus colegas, infelizmente, e quando estou presente, já é quase como se não estivesse, porque falo pouco com eles e os mesmos quase não falam comigo. O que faz com que a minha representação como pessoa, embora encorpada, seja pequena e quase invisível.
Trabalho
Trabalhei a imagem com que me identificam com a ideia de ser quase a única representação minha, mas que é uma representação fraca da minha pessoa.
Fiz o objecto em grandes dimensões usando o plástico, material frágil e que cujas características coincidem com a imagem que têm de mim, frágil e de pouca informação que tapa qualquer outra característica.
Os outros dois trabalhos foram feitos com um material mais consistente, em argila.
Um, foi uma máscara que representa o meu comportamento como pessoa carrancuda mas brincalhona, como costumo ser para os meus colegas.
O outro é uma figura minha em que estou na única posição em que costumo estar quando estou sentado, que por ser pequena, representa o facto de eu nem sempre estar presente para a minha turma mas que ainda lá estou sem que dêem por isso.
Escolhi a argila pela questão de que ao trabalhar este material, conseguimos imprimir o que quer que seja sem que haja o risco da impressão desaparecer ou de ficar deformada e permite uma secagem rápida e sem cosedura além de ser um material forte.
Foi por estas características do material que quis representar as minhas características pessoais, que são mais destacáveis de mim para os meus colegas,
e não só.
Experiências
Experimentei a representação da minha pessoa através do que os meus colegas vêm em mim, mas também entrevistei familiares e amigos, para ver se me identificavam com a imagem que os meus colegas têm de mim.
Vi de que forma poderia interligar um objecto grande e frágil com pouca informação, com os outros dois, mais pequenos mas muito destacáveis e informativos. Entendi que a imagem que têm de mim pode ser uma janela para as minhas outras características.
Daí que o objecto maior, feito em plástico, ficasse suspenso ao nível de uma pessoa para poderem ver através da imagem visual que têm de mim as minhas outras características, que sobressaem por serem feitas de argila e contêm muita informação visual sobre a minha pessoa.
Proposta II - Corpo Presente/ Corpo Físico Ausente
Fase 2 - Analisado por dentro
Síntese
Há uma guerra silenciosa que se intensifica, uma batalha de emoções,
Como uma navalha, corta e pica, um furacão de preocupações.
As emoções batem no meu corpo, como um martelo que bate no aço,
Enquanto tento descansar, para melhor ponderar, e à realidade me agarrar.
Há quem aponte o dedo, para julgar ou zombar, silencioso ou arrogante.
Mas seriam fortes como mostram, se eles andassem apenas um metro com os meus problemas?
~ Cláudio Penas Ferreira ~
Um problema nem sempre é prejudicial.
Aquilo que eu não mostro não é necessariamente um problema, mas uma questão de mérito, respeito e tolerância, seja da minha parte ou da parte do outro para com a minha pessoa.
Proposta
Abordar o aspecto íntimo do nosso ser. Pegar num segredo, num problema ou em alguma característica só nossa, que não mostramos directamente a ninguém.
Trabalho
Partindo do princípio que para se conseguir chegar até ao meu ser é preciso transpor barreiras, explorei o factor que mais se destaca em mim mas que eu mais uso para analisar o que se passa e quem está à minha volta, a calma. Partindo desta aparência estável, qualquer um pode supor que eu sou antipático ou anti social por não falar com as pessoas no inicio, e justamente por isto é que muita gente desiste de mim, por eu mesmo achar que têm de conseguir ganhar a minha confiança transpondo a barreira da seriedade.
Essa seriedade represento-a com tripés, feitos com cantoneiras em L, que permitem um determinado equilíbrio quando sobrepostas em determinada posição e a ideia de os objectos são tripés reforça a ideia de equilíbrio e força que sendo feitos de ferro soldado,fazem parecer armas, deste modo transmitindo uma ideia de ameaça ou de aviso.
Reforcei esta ideia de ameaça, retirando algumas peças aos tripés para os tornar instáveis como um todo, e tornei-o mais ameaçador, dando a possibilidade do espectador entender que além de ser um objecto em ferro, que é perigoso por consequentemente apresentar instabilidade.
Contudo, estas características do objecto são meras máscaras àquilo que ele mostra ser, pois estando num perímetro seguro, quando cair não irá magoar ninguém e mesmo que alguém vá má tocar no objecto e o faça cair, o individuo vai ter tempo de reagir e de se desviar ou de sair da frente.
Com esta interacção do espectador com o objecto e na eventualidade de o objecto cair por si só, mostro a minha outra face, com as quais qualquer um pode mexer, quer com boas intenções ou não
Projecto Individual
Título: Quando a Forma é o Criador
Sinopse:
Para chegar à forma que a ideia transmitiu, são precisos componentes que assim a componham e que permitam que a ideia, como objecto, se complemente com o espaço em que se situe.
Este processo de criação permite o uso de muitos materiais, mas é dependendo de que matéria se quer criar a forma que estes componentes se cruzam com a matéria a fim de criar o objecto, havendo neste campo muita versatilidade e escolhas diversas de técnicas de produção.
É neste sentido que pretendo continuar esta busca da ideia de uma forma e o processo criativo para a sua realização como objecto escultórico.
Palavras Chave: Espaço, forma, processo, objecto
Referências: Ângelo Sousa, Sol Lewitt, Carl Andre
Exercício: Proposta 1.1 – objecto por módulos
O Projecto:
Aborda conflitos com o espaço, a montagem repetitiva das placas vai contra os paralelismos existentes nele e ao mesmo tempo usa-os em seu favor para se apoiar e evoluir espacialmente.
A própria montagem da estrutura também gera os seus conflitos, à medida que se constrói a estrutura há que ter em conta os pontos de apoio no espaço e na estrutura em si para se manter estável e fixa para poder continuar a sua evolução.
As repetições da forma criam o objecto, porque mesmo que quem esteja a montar a estrutura tenha uma ideia planeada, não vai conseguir concretizá-la sem antes entender como é que cada placa pode ser encaixada, tendo em conta que depois acarreta problemas, como a distribuição de pesos para a estrutura não cair, assim como os pontos de apoio, no espaço, que garantam a estabilidade da estrutura, o que torna impossível criar alguma coisa em concreto a partir da montagem da estrutura, sendo o objectivo produzir uma intervenção no espaço.
Aborda conflitos com o espaço, a montagem repetitiva das placas vai contra os paralelismos existentes nele e ao mesmo tempo usa-os em seu favor para se apoiar e evoluir espacialmente.
A própria montagem da estrutura também gera os seus conflitos, à medida que se constrói a estrutura há que ter em conta os pontos de apoio no espaço e na estrutura em si para se manter estável e fixa para poder continuar a sua evolução.
As repetições da forma criam o objecto, porque mesmo que quem esteja a montar a estrutura tenha uma ideia planeada, não vai conseguir concretizá-la sem antes entender como é que cada placa pode ser encaixada, tendo em conta que depois acarreta problemas, como a distribuição de pesos para a estrutura não cair, assim como os pontos de apoio, no espaço, que garantam a estabilidade da estrutura, o que torna impossível criar alguma coisa em concreto a partir da montagem da estrutura, sendo o objectivo produzir uma intervenção no espaço.
Abordagens:
Ao contrário das produções de Carl Andre e de Sol Lewitt, o meu objecto, para ser uma intervenção em conflito com o espaço onde se apresenta, não pode de maneira alguma apresentar paralelismos construtivos com o espaço, as placas não podem ter colocações horizontais ou verticais, mas sim, devem apoiar-se no espaço para construir o objecto.
Querendo isto dizer que, não está em causa criar uma forma perfeita com o objecto em colocação no espaço, antes, está em causa a criação de um conflito contra o espaço, uma resistência à implicação desse espaço através da repetição de uma só forma que irá determinar a forma do objecto e a sua evolução contra o espaço.
A forma como abordo a relação com o espaço e o objecto vai em paralelo com a forma de como Ângelo Sousa aborda o espaço, criando as suas intervenções através de uma forma e repetindo-a e encaixando-as entre si de modo a criar o seu objecto no espaço.
Outro aspecto que quis abordar, foi o contacto com o observador, de que maneira é que a minha estrutura obriga a que o observador reaja à sua presença no espaço. Daí que a presença da estrutura numa área onde o observador tenha que interagir com ela, seja uma intervenção e não somente um objecto exposto em ligação ao espaço expositivo.
A partir de uma abordagem livre ao projecto, produzi um livro que incorporasse a estrutura e as suas características montáveis, tratando-se de um diário fotográfico de todo o processo criativo da estrutura em placas de madeira e das experiências em intervenções em diferentes espaços.
Quase Final:
No primeiro objecto, a cor vermelha foi escolhida como um reactor de conflito com o espaço e com o observador, chama a atenção, também ajuda a criar o conflito da estrutura com o espaço, e ao mesmo tempo, com o observador em interação, ainda cria mais tensão visual.
As folgas existentes nos encaixes das placas permitem com que a estrutura não ganhe paralelismos com o chão ou as paredes quando construída e permite tornar a estrutura mais maleável, fornecendo com esta característica, várias hipóteses de a montar, e permite explorar a sua construtividade mediante a disposição das placas, a deslocação de pesos e jogar com os equilíbrios, não havendo uma forma final para o objecto.
O objecto quase final foi produzido com placas de MDF, mais finas, sem cor e sem folga nos encaixes, fazem com que a montagem do objecto seja mais rígida e geometrizada, retirando a maleabilidade existente no primeiro objecto, contudo mantém os mesmos conflitos construtivos que pretendo explorar com o espaço onde o montar.
No primeiro objecto, a cor vermelha foi escolhida como um reactor de conflito com o espaço e com o observador, chama a atenção, também ajuda a criar o conflito da estrutura com o espaço, e ao mesmo tempo, com o observador em interação, ainda cria mais tensão visual.
As folgas existentes nos encaixes das placas permitem com que a estrutura não ganhe paralelismos com o chão ou as paredes quando construída e permite tornar a estrutura mais maleável, fornecendo com esta característica, várias hipóteses de a montar, e permite explorar a sua construtividade mediante a disposição das placas, a deslocação de pesos e jogar com os equilíbrios, não havendo uma forma final para o objecto.
O objecto quase final foi produzido com placas de MDF, mais finas, sem cor e sem folga nos encaixes, fazem com que a montagem do objecto seja mais rígida e geometrizada, retirando a maleabilidade existente no primeiro objecto, contudo mantém os mesmos conflitos construtivos que pretendo explorar com o espaço onde o montar.