"este não é o meu lugar"
Proposta: Ensaio
Materiais: Conchas de mexilhão e silicone transparente
Dimensões: Variáveis, aplicáveis ao espaço
Ano: 2018
Neste trabalho utilizei silicone transparente para colocar conchas de mexilhão em várias árvores da faculdade. A instalação reflete questões metafóricas sobre o lugar, descontextualizando, neste caso, o do mexilhão. O meu lugar, o meu percurso, o meu espaço, são colocados em questão neste trabalho.
Eu sempre gostei de olhar para os mexilhões. São uns pequenos seres interessantes, uns moluscos que habitam o mar mas não tanto, só de vez em quando, e que vivem dentro das suas cápsulas separados da luz e do ar, como que isolados do mundo cá fora. São seres para dentro.
Eu também acho que sou para dentro.
Usei as conchas dos mexilhões na minha descontextualização: tirei-as do lugar e trouxe-as da praia para o jardim da minha faculdade. Eu não fui tirada do lugar, simplesmente ainda não tenho um definido. "este não é o meu lugar" porque o meu lugar hoje é para mim apenas uma passagem, que, apesar de longa e confortável, não deixa de ser temporária. Vejo a escultura como uma ferramenta e não como um foco principal na minha vida, neste momento, e não sinto que precise de ser. O trabalho reflete sobre o meu percurso pessoal, e acaba por ser um exercício introspetivo nesse sentido. É um poema visual que guarda, dentro das pequenas conchas, um certo vazio. O estar à procura de aquilo que quero ser.
Proposta: Ensaio
Materiais: Conchas de mexilhão e silicone transparente
Dimensões: Variáveis, aplicáveis ao espaço
Ano: 2018
Neste trabalho utilizei silicone transparente para colocar conchas de mexilhão em várias árvores da faculdade. A instalação reflete questões metafóricas sobre o lugar, descontextualizando, neste caso, o do mexilhão. O meu lugar, o meu percurso, o meu espaço, são colocados em questão neste trabalho.
Eu sempre gostei de olhar para os mexilhões. São uns pequenos seres interessantes, uns moluscos que habitam o mar mas não tanto, só de vez em quando, e que vivem dentro das suas cápsulas separados da luz e do ar, como que isolados do mundo cá fora. São seres para dentro.
Eu também acho que sou para dentro.
Usei as conchas dos mexilhões na minha descontextualização: tirei-as do lugar e trouxe-as da praia para o jardim da minha faculdade. Eu não fui tirada do lugar, simplesmente ainda não tenho um definido. "este não é o meu lugar" porque o meu lugar hoje é para mim apenas uma passagem, que, apesar de longa e confortável, não deixa de ser temporária. Vejo a escultura como uma ferramenta e não como um foco principal na minha vida, neste momento, e não sinto que precise de ser. O trabalho reflete sobre o meu percurso pessoal, e acaba por ser um exercício introspetivo nesse sentido. É um poema visual que guarda, dentro das pequenas conchas, um certo vazio. O estar à procura de aquilo que quero ser.
pontos fracos
Proposta: corpo presente / corpo físico ausente
Materiais: Vidro transparente, fritas de vidro vermelho escuro
Dimensões: Variáveis, peças sensivelmente entre 0,3x1x1cm e 0,3x5x5cm
Ano: 2018/2019
Sinopse
Para esta proposta, procurei perceber características que denunciassem a minha identidade. Pensei nas pintas do meu rosto, causadas pela minha rosácea, que penso serem bastante particulares. Sendo um aspeto que me caracteriza fisicamente, mas que ao mesmo tempo reflete distúrbios do meu interior, achei-o interessante de explorar.
O trabalho consiste numa instalação em que faço uma ocupação do chão do espaço, colocando várias peças pequenas de vidro fundidas com fritas de vidro vermelhas escuras, remetendo para as minhas pintas da cara. As pessoas são obrigadas a pisar estas peças se quiserem entrar no espaço, fazendo uma interação involuntária com esta pele que criei, uma interação comigo.
Proposta: corpo presente / corpo físico ausente
Materiais: Vidro transparente, fritas de vidro vermelho escuro
Dimensões: Variáveis, peças sensivelmente entre 0,3x1x1cm e 0,3x5x5cm
Ano: 2018/2019
Sinopse
Para esta proposta, procurei perceber características que denunciassem a minha identidade. Pensei nas pintas do meu rosto, causadas pela minha rosácea, que penso serem bastante particulares. Sendo um aspeto que me caracteriza fisicamente, mas que ao mesmo tempo reflete distúrbios do meu interior, achei-o interessante de explorar.
O trabalho consiste numa instalação em que faço uma ocupação do chão do espaço, colocando várias peças pequenas de vidro fundidas com fritas de vidro vermelhas escuras, remetendo para as minhas pintas da cara. As pessoas são obrigadas a pisar estas peças se quiserem entrar no espaço, fazendo uma interação involuntária com esta pele que criei, uma interação comigo.
água-vida
Projeto final de calcografia
Materiais: massa lêveda, chapas de zinco, impressões calcográficas s/ papel
Dimensões: variáveis
Ano: 2018
Sinopse
Fiz muitas experimentações calcográficas ao longo deste projeto. Queria criar algo interessante e diferente. Na altura em que trabalhei neste projeto estava também a experimentar fazer o meu pão em casa e pensei em cruzar os dois. Depois de alguma pesquisa descobri que as bactérias que vivem na massa lêveda (o fermento natural usado no pão) podiam interferir com o metal, devido à sua elevada acidez. Pensei que pudesse ser interessante fazer algumas imagens colocando este fermento em contacto com as chapas e imprimi-las.
A escolha de apresentar o projeto na oficina de técnicas de impressão foi uma forma de fazer uma ligação entre o meu trabalho calcográfico e um espaço confortável e caseiro, como é o caso quando faço o pão na minha cozinha – o meu espaço de trabalho.
água-vida porque não é água-forte nem água-tinta; a vida entre a farinha e a água é que alimenta as imagens que foram produzidas.
Projeto final de calcografia
Materiais: massa lêveda, chapas de zinco, impressões calcográficas s/ papel
Dimensões: variáveis
Ano: 2018
Sinopse
Fiz muitas experimentações calcográficas ao longo deste projeto. Queria criar algo interessante e diferente. Na altura em que trabalhei neste projeto estava também a experimentar fazer o meu pão em casa e pensei em cruzar os dois. Depois de alguma pesquisa descobri que as bactérias que vivem na massa lêveda (o fermento natural usado no pão) podiam interferir com o metal, devido à sua elevada acidez. Pensei que pudesse ser interessante fazer algumas imagens colocando este fermento em contacto com as chapas e imprimi-las.
A escolha de apresentar o projeto na oficina de técnicas de impressão foi uma forma de fazer uma ligação entre o meu trabalho calcográfico e um espaço confortável e caseiro, como é o caso quando faço o pão na minha cozinha – o meu espaço de trabalho.
água-vida porque não é água-forte nem água-tinta; a vida entre a farinha e a água é que alimenta as imagens que foram produzidas.
tantos cantos
Proposta: Cantos e recantos (Arte e espaço)
Materiais: Transferências fotográficas com acetona s/ papel
Ano: 2018
Estava determinada a encotnrar um canto particular, um que me chamasse a atenção, bem escondido. Comecei a ver tantos cantos. Tantos cantos, tantos cantos, tantos cantos.
O objeto foi resultado desta indecisão e sobrecarga mental. Um livro feito de cantos, que mostrasse estes cantos que descobri, bem escondidos também pela falta de nitidez das transferências.
Proposta: Cantos e recantos (Arte e espaço)
Materiais: Transferências fotográficas com acetona s/ papel
Ano: 2018
Estava determinada a encotnrar um canto particular, um que me chamasse a atenção, bem escondido. Comecei a ver tantos cantos. Tantos cantos, tantos cantos, tantos cantos.
O objeto foi resultado desta indecisão e sobrecarga mental. Um livro feito de cantos, que mostrasse estes cantos que descobri, bem escondidos também pela falta de nitidez das transferências.
rotto il carciofo (e anche il forno)
Materiais: terracota e esmalte
Dimensões: a partir de 3 moldes (1,3x4,5x7,5cm) (1,5x6,1x10,5cm) (1,7x7,9x13,4cm)
Ano: 2019
Um trabalho desenvolvido durante o meu período de mobilidade em Perugia, para uma proposta na qual tínhamos obrigatoriamente de utilizar o método de modelação e moldagem cerâmica. A alcachofra, por si só já um elemento de natureza modular, é um alimento muito consumido em Itália, fazendo parte de um dos símbolos do país.
Fiz um simples exercício de desconstrução e uma aproximação - o forno de cerâmica avariou entretanto - a uma instalação das peças numa composição livre, quebrada. As peças abaixo foram as que consegui produzir.
Materiais: terracota e esmalte
Dimensões: a partir de 3 moldes (1,3x4,5x7,5cm) (1,5x6,1x10,5cm) (1,7x7,9x13,4cm)
Ano: 2019
Um trabalho desenvolvido durante o meu período de mobilidade em Perugia, para uma proposta na qual tínhamos obrigatoriamente de utilizar o método de modelação e moldagem cerâmica. A alcachofra, por si só já um elemento de natureza modular, é um alimento muito consumido em Itália, fazendo parte de um dos símbolos do país.
Fiz um simples exercício de desconstrução e uma aproximação - o forno de cerâmica avariou entretanto - a uma instalação das peças numa composição livre, quebrada. As peças abaixo foram as que consegui produzir.