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contornar-me, 2020
carvão vegetal
200x500
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contornar-me, 2020
carvão vegetal
200x500
CONTORNO \\\\ REPETIÇÃO \\\\\ FORMA \\\ CORPO \\\\ LINHA
Contorno exaustivo que leva à própria alienação do que foi o objeto inicial.
Posteriormente, utilizar o corpo.
Corpo como forma para contornar, sendo ele um objeto contornável mas que contorna ao mesmo tempo.
Corpo que é utilizado mas que utiliza em simultâneo.
(Este projeto foi desenvolvido a partir da evolução da minha proposta de Práticas de Desenho)
Contorno exaustivo que leva à própria alienação do que foi o objeto inicial.
Posteriormente, utilizar o corpo.
Corpo como forma para contornar, sendo ele um objeto contornável mas que contorna ao mesmo tempo.
Corpo que é utilizado mas que utiliza em simultâneo.
(Este projeto foi desenvolvido a partir da evolução da minha proposta de Práticas de Desenho)
\\\\\\\\\\\ QUARENTENA OBRIGATÓRIA //////////
Sujeitos a novos limites, a readaptação é inevitável e de duração relativa.
Não estar no nosso ambiente de criação, mudar de cidade, mudar de casa, conviver com a família diariamente - são tudo elementos novos que vieram pôr em causa a prática artística.
Ter espaço mas não ter o espaço.
Ter material mas não ter a matéria.
Sujeitos a novos limites, a readaptação é inevitável e de duração relativa.
Não estar no nosso ambiente de criação, mudar de cidade, mudar de casa, conviver com a família diariamente - são tudo elementos novos que vieram pôr em causa a prática artística.
Ter espaço mas não ter o espaço.
Ter material mas não ter a matéria.
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Estas pessoas apareceram porque mais nada apareceu. Apenas as encontrei porque andei à procura.
Aos poucos apercebi-me que iam ser mais do que as que consigo contar. E por isso, até agora tenho dado vida a cada uma.
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Estas pessoas apareceram porque mais nada apareceu. Apenas as encontrei porque andei à procura.
Aos poucos apercebi-me que iam ser mais do que as que consigo contar. E por isso, até agora tenho dado vida a cada uma.
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DOS ENSAIOS AO ENSAIO GERAL NÃO HOUVE TEMPO DE DESCANSO
(está aberta a época de lesões)
(está aberta a época de lesões)
"Cada um de nós é vários, é muitos, é uma prolixidade de si mesmos. Por isso aquele que despreza o ambiente não é o mesmo que dele se alegra ou padece. Na vasta colónia do nosso ser há gente de muitas espécies, pensando e sentindo diferentemente." Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego |
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NÃO SEI QUEM SÃO // MAS SÃO DE TODO O LADO
NÃO SEI QUEM SÃO // MAS SÃO DE TODO O LADO
Depois de encher um bloco de folhas A3, encontrei 3 telas que pintei.
No fim tentei que encaixassem em qualquer sítio e funcionam em mais sítios que hoje não posso visitar.
Até lá conheci estes e partilho-os.
No fim tentei que encaixassem em qualquer sítio e funcionam em mais sítios que hoje não posso visitar.
Até lá conheci estes e partilho-os.
Este projeto evolui à medida que procuro novas dimensões para responder às vontades das figuras.
//// ter em conta a primeira fase do projeto: desenho e produção e a segunda como pintura - mas também diálogo e descoberta de novos limites \\\\\\\\
Na terceira fase parti à ocupação de um espaço. Comecei por desocupa-lo e limpa-lo e assim abrir um lugar para criar uma nova dimensão ao trabalho.
//// ter em conta a primeira fase do projeto: desenho e produção e a segunda como pintura - mas também diálogo e descoberta de novos limites \\\\\\\\
Na terceira fase parti à ocupação de um espaço. Comecei por desocupa-lo e limpa-lo e assim abrir um lugar para criar uma nova dimensão ao trabalho.
Sobre estarmos isolados, mas rodeados de nós mesmos
Tudo à nossa volta somos nós a cuidar do que não queremos
Somos tantos cá dentro (e ficam sempre todos cá dentro)
Quantas pessoas conheço em mim [e que de mim não saem]
Tudo à nossa volta somos nós a cuidar do que não queremos
Somos tantos cá dentro (e ficam sempre todos cá dentro)
Quantas pessoas conheço em mim [e que de mim não saem]
Quantas pessoas conheço em mim [e que de mim não saem]
Março – Julho 2020
Tinta de água, gesso
240 x 242 x 390 cm
Março – Julho 2020
Tinta de água, gesso
240 x 242 x 390 cm
PRIMEIRO SEMESTRE
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PROPOSTA DE PROJETO
TÍTULO
im>>pre(visível)
SINOPSE
No início deste ano apercebi-me de que era importante continuar a trabalhar com a matéria com a qual estou mais familiarizada – a parafina – dando assim seguimento ao trabalho que desenvolvi no ano passado sobre o controlável e o incontrolável de uma matéria.
Dado que a parafina é um material versátil no que toca aos seus diferentes estados físicos, é nos momentos intermédios (entre líquido e sólido) que a posso manipular melhor. Como tal, esta fase intermédia entre estados é algo que quero que seja refletido para o no conceito do projeto. Construo peças que não considero completas, pois há um momento em que podem ser ativadas por outras pessoas e o que resta delas depois destas intervenções constituem o final da peça. Dá-se assim uma mudança de estados entre aquilo que imaginei vir a ser a peça e o final. Várias pessoas finalizam a peça.
Quero então dar poder a mãos que não são as minhas, uma vez que as decisões finais serão feitas por outrem, que dão continuidade ao que faço. Não pretendo que o meu trabalho seja efémero, somente não quero que ele exista como o imaginei inicialmente.
DESENVOLVIMENTO
Para este projeto comecei por trabalhar diretamente com parafina. Isto permitiu-me uma maior liberdade de explorar a matéria e perceber como esta reage a certos movimentos desde que é derretida até voltar a solidificar. Com este processo percebi que formas gostava de criar e, por isso, parti da adição de cada vez mais matéria até conseguir uma peça de um tamanho considerável.
Entretanto comecei outra peça, através do mesmo processo para perceber se no fim quero ter várias peças que comunicam entre si, se as devo unir numa só ou se devem estar ligadas através de pavios.
Neste ponto tive de começar a perceber que direção queria que o meu trabalho tomasse. Precisava de descobrir o que me move, para saber como devo concluir o meu trabalho e expô-lo, pois apesar de o meu trabalho partir de forças injustificáveis, há um sentido que lhe tenho de dar e que aos poucos estou a começar a perceber. Sei que há algo de visceral no meu trabalho. É necessário que isso transpareça.
A busca do que me move dentro do meu trabalho começou a levar-me para direções diferentes das que inicialmente teria tomado. Ao início o meu objetivo principal com o projeto, era criar algo que pudesse ser destruído e do qual restassem apenas resíduos, não se percebendo o que estava na origem da peça. No entanto isso deixou de ser a minha maior vontade a partir do momento em que percebi que há um foro íntimo no meu projeto, e destruí-lo não será necessariamente o desfecho ideal pois a palavra destruição começou a ser demasiado violenta para aquilo que pretendo transmitir com as peças que construí.
Cheguei à conclusão de que há uma parte de mim que quer proteger o que faço (não retirando completamente a possibilidade de a peça ficar totalmente destruída).
Desde o início que imaginei ter ao lado da peça uma caixa com muitos fósforos para várias pessoas poderem ativar a peça no momento expositivo, mas agora, para atenuar uma ação que podia ser demasiado destrutiva, quero colocar menos fósforos ao lado da peça para que a sua ativação seja mais contida pois não pretendo que seja um momento épico, único e instantâneo, mas que seja algo lento e prolongado. Isto também pode ser controlado pela quantidade de pavios que ponho nas peças e pela forma como nela são colocados, pois tendo menos pavios, menos quente fica a peça e mais lentamente irá derreter.
O aspeto final da peça não é inteiramente do meu controlo, e isso é algo que tenho gostado de explorar. Mesmo conhecendo cada vez melhor as reações da parafina a diversas ações, há sempre este fator de imprevisibilidade que me agrada.
Acho que o tempo é uma parte relevante na temática do meu trabalho, visto que existe um momento de mutação da peça. Dessa mutação irá resultar um resíduo que pretendo guardar, de forma a preservar o que foi a ação de outras pessoas aplicadas na minha peça.
Tutora – Joana BC
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PROPOSTA DE PROJETO
TÍTULO
im>>pre(visível)
SINOPSE
No início deste ano apercebi-me de que era importante continuar a trabalhar com a matéria com a qual estou mais familiarizada – a parafina – dando assim seguimento ao trabalho que desenvolvi no ano passado sobre o controlável e o incontrolável de uma matéria.
Dado que a parafina é um material versátil no que toca aos seus diferentes estados físicos, é nos momentos intermédios (entre líquido e sólido) que a posso manipular melhor. Como tal, esta fase intermédia entre estados é algo que quero que seja refletido para o no conceito do projeto. Construo peças que não considero completas, pois há um momento em que podem ser ativadas por outras pessoas e o que resta delas depois destas intervenções constituem o final da peça. Dá-se assim uma mudança de estados entre aquilo que imaginei vir a ser a peça e o final. Várias pessoas finalizam a peça.
Quero então dar poder a mãos que não são as minhas, uma vez que as decisões finais serão feitas por outrem, que dão continuidade ao que faço. Não pretendo que o meu trabalho seja efémero, somente não quero que ele exista como o imaginei inicialmente.
DESENVOLVIMENTO
Para este projeto comecei por trabalhar diretamente com parafina. Isto permitiu-me uma maior liberdade de explorar a matéria e perceber como esta reage a certos movimentos desde que é derretida até voltar a solidificar. Com este processo percebi que formas gostava de criar e, por isso, parti da adição de cada vez mais matéria até conseguir uma peça de um tamanho considerável.
Entretanto comecei outra peça, através do mesmo processo para perceber se no fim quero ter várias peças que comunicam entre si, se as devo unir numa só ou se devem estar ligadas através de pavios.
Neste ponto tive de começar a perceber que direção queria que o meu trabalho tomasse. Precisava de descobrir o que me move, para saber como devo concluir o meu trabalho e expô-lo, pois apesar de o meu trabalho partir de forças injustificáveis, há um sentido que lhe tenho de dar e que aos poucos estou a começar a perceber. Sei que há algo de visceral no meu trabalho. É necessário que isso transpareça.
A busca do que me move dentro do meu trabalho começou a levar-me para direções diferentes das que inicialmente teria tomado. Ao início o meu objetivo principal com o projeto, era criar algo que pudesse ser destruído e do qual restassem apenas resíduos, não se percebendo o que estava na origem da peça. No entanto isso deixou de ser a minha maior vontade a partir do momento em que percebi que há um foro íntimo no meu projeto, e destruí-lo não será necessariamente o desfecho ideal pois a palavra destruição começou a ser demasiado violenta para aquilo que pretendo transmitir com as peças que construí.
Cheguei à conclusão de que há uma parte de mim que quer proteger o que faço (não retirando completamente a possibilidade de a peça ficar totalmente destruída).
Desde o início que imaginei ter ao lado da peça uma caixa com muitos fósforos para várias pessoas poderem ativar a peça no momento expositivo, mas agora, para atenuar uma ação que podia ser demasiado destrutiva, quero colocar menos fósforos ao lado da peça para que a sua ativação seja mais contida pois não pretendo que seja um momento épico, único e instantâneo, mas que seja algo lento e prolongado. Isto também pode ser controlado pela quantidade de pavios que ponho nas peças e pela forma como nela são colocados, pois tendo menos pavios, menos quente fica a peça e mais lentamente irá derreter.
O aspeto final da peça não é inteiramente do meu controlo, e isso é algo que tenho gostado de explorar. Mesmo conhecendo cada vez melhor as reações da parafina a diversas ações, há sempre este fator de imprevisibilidade que me agrada.
Acho que o tempo é uma parte relevante na temática do meu trabalho, visto que existe um momento de mutação da peça. Dessa mutação irá resultar um resíduo que pretendo guardar, de forma a preservar o que foi a ação de outras pessoas aplicadas na minha peça.
Tutora – Joana BC
EXECUÇÃO
A destruição ou decomposição das peças fez parte do processo de trabalho. Através desta ação consegui criar um momento em que várias pessoas fechadas no fosso da faculdade pudessem ativar as minhas peças e assitir à sua decomposição.
Este momento criado foi um momento de silêncio no qual respeitaram a "despedida" das peças que fiz.
A destruição ou decomposição das peças fez parte do processo de trabalho. Através desta ação consegui criar um momento em que várias pessoas fechadas no fosso da faculdade pudessem ativar as minhas peças e assitir à sua decomposição.
Este momento criado foi um momento de silêncio no qual respeitaram a "despedida" das peças que fiz.
registo em vídeo
MOMENTO EXPOSITIVO
Momento de partilhar aquilo que aconteceu em segredo. Momento partilhado por certas pessoas que guardam em si o que foi o arder, o que foi a dor de ver partir.
Momento de partilhar aquilo que aconteceu em segredo. Momento partilhado por certas pessoas que guardam em si o que foi o arder, o que foi a dor de ver partir.